Título: A mágica da arrumação
Título original: Jinsei ga tokimeku katazuke no mahō
Autor: Marie Kondo
País: Japão
Edição original: 2011
Editora: Sextante
Páginas: 160
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Avaliação:
Não devemos celebrar as lembranças, mas sim a pessoa que nos tornamos por causa das experiências que tivemos. Esta é a lição que os objetos de valor emocional nos ensinam quando os organizamos. O espaço em que vivemos deve se adequar à pessoa que somos agora, e não àquela que fomos um dia.
Logo que A mágica da arrumação foi lançado, apesar da curiosidade, eu procurei evitar contato demais com o livro. Primeiro porque eu provavelmente ia querer comprá-lo. Segundo porque eu tinha medo de que o conteúdo pudesse trazer à tona minha tendência ao TOC.
O tempo foi passando, eu fui ignorando o livro nas prateleiras das livrarias, até que resolvi dar uma chance para a xeretada. Então, a mão implacável do destino me fez parar nesta página:
Como eu acabei postando também no Facebook, dois amigos que leram o livro comentaram e acabaram me convencendo de que não havia perigo de eu ler. Sendo assim, lá fui eu.
Totalmente diferente do que eu imaginava, o livro não tem orientações do tipo “use cabides iguais para roupas do mesmo tipo” (até porque… bem… isso eu já faço, hahaha!). Na prática, resumindo um pouco o método da autora, ela diz que a bagunça da sua casa é fruto do excesso de objetos que você guarda desnecessariamente. A partir do momento em que você se desfaz desses excessos e define o lugar de cada coisa, a bagunça desaparece e nunca mais volta.
Eu comecei a executar a jogação de coisa fora mesmo ainda durante a leitura. Achei ótimo me desprender de roupas, objetos, papéis e lembranças com os quais não me identifico mais, inutilidades como manuais de instrução e termos de garantia vencidos, e muita coisa comprada por impulso e que passou do prazo de validade, como cosméticos.
Justamente ao colocar em prática os ensinamentos do livro, eu percebi que a bagunça é só uma parte de algo muito mais amplo. Ao fazer a triagem dos objetos, por exemplo, foi como se eu tivesse passado por uma autoanálise, ao me questionar por que é que eu tinha adquirido ou mantido todas aquelas coisas. Na minha opinião, é justamente essa possibilidade de reflexão que vai gerar uma mudança interior em você, o que nunca mais vai permitir que a bagunça volte a se instalar. Dessa forma, fica claro que as dicas que a autora dá têm mais jeito de filosofia de vida, a partir do modo como você se relaciona com os objetos da sua casa.
É claro que o livro não é totalmente milagroso, até porque é necessário que você esteja a fim de se organizar e consiga se identificar com o método. E mesmo que você goste da proposta, também não é necessário levar tudo a ferro e fogo.
Eu queria mostrar uma fotinho boba do que me deixou feliz.
Muita gente é acumuladora de canetas (no bom sentido, rs), e eu acabei comprando um monte na empolgação da minha profissão. Eu já tinha várias, velhas e sem funcionar, que estavam ocupando espaço em potes, pegando poeira, juntando energia estagnada. E as canetas que eu efetivamente uso estavam alocadas em uma caixa provisória. Essa situação me incomodava, mas eu não conseguia enxergar o que fazer para solucionar.
O resultado foi este aí abaixo. Joguei várias fora, encontrei estes 2 copos de vidro lindos que estavam mofando em algum lugar do passado em um armário, lavei-os, separei as canetas por critérios e, voilà, vejam como estão faiscando energia nova!
(Não, eu não estou sendo paga para fazer propaganda. Eu nem bebo mais refrigerantes, mas adoro os objetos da marca.)
Se você está querendo organizar sua casa, leia o livro. Veja se ele te atende. Eu sou uma pessoa teoricamente organizada, mas não sabia direito como fazer e não tinha incentivo suficiente para botar a mão na massa. A mágica da arrumação simplesmente me deu um norte e um chute no traseiro para eu me mover.
Leia um trecho: aqui