Título: Jogada Mortal
Título original: Drop Shot
Autor: Harlan Coben
País: EUA
Ano: 1996
Editora: Arqueiro
Tradutor: Fabiano Morais
Páginas: 253
Sinopse: Aos 16 anos, Valerie Simpson já era finalista do Aberto de Tênis da França. Depois de brilhar nos circuitos internacionais do esporte, de repente tudo mudou. A jovem ficou reclusa e deixou de lado as competições de alto nível. Seis anos depois, ela está disposta a retomar a carreira e procura Myron Bolitar para ser seu agente. Para ele – que já agencia Duane Richwood, cotado para vencer seu primeiro Grand Slam -, essa é uma ótima oportunidade. Mas seus planos têm fim quando Valerie é morta e Duane se torna o principal suspeito do assassinato. Apesar de o rapaz estar em quadra na hora do crime, algo parece não se encaixar na história que conta à polícia. Ele garante não conhecer Valerie, mas seu número de telefone estava na agenda da jovem. Insatisfeito com o rumo das investigações policiais, Myron sai em busca da verdade.
Compre: compare preços
A garota estava caída de cara no chão em frente a uma barraca que servia champanhe a 7,50 dólares a taça. Myron a reconheceu de imediato, mesmo antes de se agachar e virá-la de barriga pra cima. Mas, ao ver o rosto dela, os olhos azuis gélidos encarando-o de volta no último e imutável olhar da morte, seu coração afundou no peito.
Avaliação:
Este é o 2º livro do Harlan Coben que leio, também o 2º com o personagem Myron Bolitar e que também é o 2º na ordem da série de 10 livros com este personagem (o primeiro é Quebra de Confiança). Não acho que seja necessário ler na ordem de publicação original, mas fiz questão de fazer isso. O problema é que o próximo livro da série, Fade Away, não foi lançado no Brasil. Na verdade, dos 10 livros da série de Myron Bolitar, somente os 2 primeiros e os 3 últimos foram lançados aqui.
A história é mais ou menos na mesma linha: uma pessoa é assassinada, há um suspeito, e várias motivações individuais aparentemente isoladas se interligam numa rede que acaba por explicar o todo.
O que eu mais gostei deste livro, e que tive a oportunidade de notar com mais clareza, é a objetividade do enredo. Ele é eficiente, é perspicaz, não despeja no leitor fatos extras inexpressivos ou enrolações desnecessárias. A sensação que se tem é que a trama flui com medidas exatas, num timing preciso: velocidade perfeita, quantidades de informações na dose ideal e liberadas no tempo certo.
É engraçado como também desta vez, eu consegui reparar muito mais nos personagens principais (Myron, Win e Esperanza) e nas suas deliciosas personalidades. Em Quebra de Confiança, eu estava mais atenta somente ao enredo e conhecendo o trio um pouco por osmose. Em Jogada Mortal, eu meio que formei uma agradável e divertida relação leitor-personagem! Você passa a conhecê-los melhor, a gostar mais deles e a delirar com as tiradas ácidas e cheias de sarcasmo. É como se fosse um tempero a mais na leitura, um toque de vida e movimento.
Enfim, aquele clichê mais que ultrapassado, “O livro te prende do começo ao fim”, é uma descrição carregada de sinceridade.
Leia um trecho: aqui